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quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013

Eterna - Guerra Civil - Parte XVIX

O Retorno a Inverno


Miguel retornou para Cidade do Inverno, que estava esperando seu retorno ansiosa, tudo lá continuava frio como sempre, não só peço clima, mas na guerra, era como se a guerra houvesse estagnado Miguel estava com saudades de lá, sem perceber também estava com saudades de quem estava lá.
Chegando ele foi para seu forte, um lugar erguido as pressas com a invasão dos resistentes, ele recebeu seus relatórios, e viu que as forças e ânimos andavam faltando, os homens estavam tristes, longe de casa e lutando por uma causa que cada vez estava mais sem sentido, e Miguel sabia que teria de mudar a situação para vencer, porque a derrota significaria uma coisa terrível!
Vitória era chefe do hospital de guerra, foi construído enquanto Miguel estava fora, por isso ela foi falar com Miguel, ela precisa dar relatórios e queria conversar com Miguel!
- Com licença senhor, aqui estão os relatórios!
- Tudo bem, pode deixa-los na mesa Vitória!
- Miguel, posso perguntar algo?
- Pode, claro que pode!
- Quando esteve lá, o que aconteceu entre você e meu pai? Ele disse algo sobre mim?
- Não, não sobre você, mas eu me segurei pra não sair na porrada com ele, por que a pergunta?
- Olha, preciso dizer uma coisa, meu pai que mandou aqui, para Inverno e espionar você e o que estava acontecendo aqui, mas eu juro, eu desisti disso quando cheguei, eu vi a situação e esqueci das ordens de meu pai e até disse a você o que eles pretendiam fazer! Eu sei que é uma coisa complicada, mas eu peço desculpas, eu não queria aceitar, mas meu pai acabou me convencendo, e quando cheguei aqui, vi a cidade destruída, eternos mortos por todo lado, pessoas chorando, o frio e todo resto me fez mudar de ideia e não fazer o que meu pai pediu!
- Vitória, eu já sabia disso!
- O que? como você sabia?
- Eu sabia porque você era filha dele, e não viria escondida de seu pai, porque ele deve ter colocado vários homens para proteger você, e eu também enviei espiões para Cidade da Paz depois que estive lá!
- Então porque não me disse o que sabia?
- Porque como você mesma disse, você desistiu e começou a ajudar-nos, e isso é o que importa, sei que parece meio ingênuo da minha parte mas não é, você mereceu confiança e tem agora e no momento certo falou a verdade!
- Então obrigado Miguel, não mais uma espiã, mas posso ajudar se quiser!
- Pode, e está ajudando, seu trabalho no hospital tem sido útil, e vou precisar que você se esforce para manter a auto estima dos nossos homens!
- Sim, senhor!
- Sabe, o engraçado é que eu já vi você bem, vestida, e mesmo agora com o cabelo bagunçado, roupa suja de sangue, você continua linda como sempre!
- Obrigado, mas podia não mencionar a roupa de sangue, só de lembrar eu já quero um banho!
- Ainda há muito o que fazer, muito sangue pra se sujar, infelizmente, mas precisamos vencer, senão o mau que virá sobre nós será terrível! E não só sobre nós!