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sábado, 3 de agosto de 2013

Eterna - Guerra Civil - Capitulo XXXV

A Explosão


Tudo claro... tudo sem som... apenas vozes distantes, enquanto não se via nada além de áureas ao redor. Como um clichê de filmes, assim estava Miguel. Algo havia acontecido, algo que ele tentava lembrar.... Ah, uma explosão; alias, duas explosões, diferentes entre si, mas relacionadas. Vamos voltar um pouco no tempo, depois da jantar de rendição, depois da ultima conversa, depois disso, ainda faltavam respostas. Miguel precisava saber o que estava acontecendo, pois realmente estava muito pouco a par de toda a situação. Destruições da qual ele não sabia, acusações de coisas que ele não teve parte. Realmente algo muito grave estava ocorrendo, e tinha alguém que com certeza sabia o que era. Cesário, o 1º Guardião, líder dos Guardiões, ou o que restava deles. Cesário tinha respostas, mas repostas para quais perguntas? Bem, em um dialogo entre esses líderes da, assim conhecida durante os dias de guerra, Resistência, podemos entender quais são. 
Onde estávamos? Ah, Miguel acordou pensativo após os eventos já citados, ele precisava de respostas e foi procurar com Cesário (na verdade poderia ter dito tudo isso resumido antes, mas qual seria a graça?). Aqui está a conversa, no centro de operações de toda a Resistência, a grande Prefeitura de Cidade da Paz:
- Cesário, preciso conversar com você, em particular! - disse Miguel com um tom muito sério.
- Tudo bem - disse Cesário, entrando com Miguel na sala do prefeito e fechando a porta. - Diga, o que é tão sério? - perguntou Cesário.
- Isso que eu ouvi, sobre o ataque em aos rebeldes em Cidade do Sol e a morte de James e Pompeu (Guardiões que estavam na cidade)? - indagou Miguel.
- Infelizmente sim Miguel, nós vencemos lá graças a nossa tecnologia toda a disposição, mas perdemos nossos amigos.
- Como assim? Primeiro, como não fiquei sabendo disso, e por que não me envolveram no projeto de neutralização do Sinal de Escarlate? E depois, como pode usar os nosso recursos de maneira tão irresponsável? - disse Miguel em tom alto.
- Abaixe esse tom garoto, você está no comando dos Tigres, tem que focar na sua função... dizia Cesário até Miguel interromper. 
- Eu sou um Guardião Cesário, como você, como James e Pompeu eram, não pode simplesmente me colocar em um lugar e definir que tenho ficar só ali, você não está no comando dos Guardiões! - interrompeu Miguel.
- Não é este o fato, nós agimos em conjunto, é assim que os Guardiões agem, agora estamos em uma guerra, nada é tão simples, e como sou experiente eu estou sim no comando Miguel, e você não deve questionar minha autoridade e nem meu poder garoto! - disse Cesário em tom de ira.
- Poder? Como assim? Você não é maior que os Guardiões, não deveria ter destruído metade de Cidade do Sol e matado milhares de eternos, inclusive resistentes e nem tomado nenhuma decisão sem a aprovação de todos, e você sabe que eu nunca aprovaria uma carnificina dessas! - continuava em tom alto Miguel.
- Garoto, não diga que tomei decisões fáceis sem ligar, foi muito difícil pra eu dar a ordem, principalmente depois de saber que os dois Guardiões morreram pelas nossa falta de cuidado. Não foi fácil como você diz! - se defendeu Cesário.
- Não importa o quão necessário era essa investida, não deveria ter feito e principalmente me deixado sem saber de nada. - diminuiu o tom Miguel.
- Você é especialista em fazer as coisas sem a aprovação Miguel, ou já esqueceu que deu a cura da Peste do Gesso aos rebeldes sem autorização, ou se esqueceu de que teve Filipe em sua mira em Cidade do Inverno e não o matou. - provocou Cesário.
- Como sabe disso? - perguntou Miguel.
- Um dos antigos Tigres me contou, ele foi muito útil me dando informações suas, informações que podem te deixar muito mal perante os Resistentes! - Cesário continuou a provocar.
- Não adiantaria matar Filipe no momento, e eu sei que não tenho nada a esconder, pode me ameaçar a vontade! Fique ciente também de que os Tigres e nem eu obedecem as suas ordens Cesário e Abe (Guardião que estava em Cidade do Ouro) ficará sabendo do que você tem feito! 
- Abe também está morto Miguel, já faz muito tempo, ele pegou a peste do gesso quando veio até aqui, e morreu em Cidade do Ouro, sem tempo para que levássemos a cura até ele! - disse Cesário.
- Como? Todos os Guardiões estão mortos? Não pode ser, o que é isso Cesário?... Quem será o próximo? Eu?.... espere, eu? Você Cesário, você está...
Nesse momento o clarão começou, uma explosão, depois da explosão de raiva de Miguel com o que estava ocorrendo, mas essa explosão foi real. Um ataque, um ato desesperado dos rebeldes? Uma tentativa de assassinato? A versão oficial é que os rebeldes tentaram um ultimo ataque desesperado, mas quem acredita na versão oficial? 
Miguel ficou ferido, mas como é um eterno ele ficaria bom logo, Cesário teve leve ferimentos, estranhamente, e ninguém na prefeitura morreu. Apenas um clarão, vozes longes e uma áurea, era Vitória, que levou Miguel ao hospital de guerra. Ficou ao seu lado todo momento enquanto Miguel esteve em coma, dois dias seguidos. Ele se recuperou, mas ainda tinha uma ultima missão. E assim, o fim da guerra já estava com os dias contados. Pouco mais de um ou dois depois que Miguel acordou. Mas chega de Spoilers.