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quarta-feira, 4 de setembro de 2013

Eterna - Guerra Civil - Capitulo XXXVI

O Portal


Onde estou?... - disse Miguel ao acordar no hospital.
- Está no hospital Miguel, estamos aqui com você! - disse Vitória.
- Vitória? David? Por que estou aqui? - perguntava Miguel tentando lembrar do que havia ocorrido.
- Houve uma explosão na prefeitura, nenhum morto, mas você ficou em coma por dois dias! - informou David.
- Preciso sair daqui, Cesário me deve explicações! - falou Miguel tentando levantar.
- Não levante, você está machucado ainda Miguel - disse Vitória - e por que meu pai deveria explicações a você? - Perguntou Vitória.
- É meio complicado, mas por favor eu preciso sair daqui e falar com ele! - insistia Miguel.
- Não vai ser possível, Cesário está comandando um ataque maciço à Cidade Eterna! - Informou David.
- Não, não pode ser, n]ao podemos deixar isso acontecer, ele vai destruir Cidade Eterna! - disse Miguel.
- Não existe escolha Miguel, é o único jeito de vencer completamente! - disse Vitória.
- Não, deve haver outra maneira, preciso sair daqui, rápido, e ainda prometi a Kalz que ajudaria a família dele, que está lá. Vamos David me ajude. - disse Miguel.
- Como? Não tem como Miguel! - disse David.
- Deixe-me pensar... ESPERA, existe um jeito! - exclamou Miguel.
- Qual? - perguntaram Vitória e David.
- Em Cidade do Inverno, é pra lá que devemos ir! - disse Miguel.
- Você ainda está muito mal, e ainda demoraria muito pra chegar lá! - disse Vitória.
- Não, agora temos a nave 50 (modelo de nave que alcança velocidades muito acima da do som), ela pode nos levar lá muito rápido. - disse Miguel.
- Então vamos logo, não podemos esperar muito - disse David.
- David, reúna os Tigres, vamos precisar muito de todos! - disse Miguel.
Assim, eles se preparam, como guerreiros se preparam para a batalha, aquela seria a ultima, que reescreveria a história de Eterna e de Miguel. Eles iriam à Cidade do Inverno, lá Miguel tinha uma solução para que Cesário não destruísse Cidade Eterna por completa. Antes de partir, Vitória deu adeus a Miguel:
- Miguel, por favor, tome cuidado, eu vi você todo o tempo que esteve em coma, sabia que ia se recuperar, mas tenho muito medo que aconteça algo com você, sei que está com raiva do meu pai, mas ele está fazendo o que acha melhor. - disse Vitória.
- Eu também estou fazendo o que acho melhor, e pode ficar sossegada que tomarei cuidado! - disse Miguel. Ela o abraçou, olhou em seus olhos e o beijou. Ele ficou meio sem palavras e ela disse:
- Cuidado! 
Ele partiu então para a nave que levaria eles até Cidade do Inverno. Chegando lá, Miguel reviu um antigo amigo, Rafael, que estava no comando da cidade desde a partida de Miguel.
- Como senti saudades desse inverno - exclamou Miguel.
- O que traz você de volta Miguel? - disse Rafael saudando Miguel.
- Estou a procura do portal que criei.
- Ele está aqui, mas o que você quer com ele? - perguntou Rafael.
- Ele é a chave para acabarmos com essa guerra!
- Como? - indagou Rafael.
- Vamos invadir a Fortaleza de Prata, entrar dentro da boca do dragão por assim dizer. - brincou Miguel.
- Isso é loucura - disse Rafael.
- Não, isso é desespero misturado com loucura! - respondeu ele - Preparem tudo, vistam seus trajes e se preparem, quem não quiser ir não vá, quem quiser me siga!
Eles se prepararam, estavam diante do fim da guerra, a ação deles decidiria se o fim seria sangrento ou seria gloriosos. Em Cidade Eterna, Cesário estava com um exercito preparado pra invasão, eles iriam entrar e destruir quem se opusesse, ou é o que ele dizia, mas ele sabia dos portal e sabia que Miguel não deixaria ele destruir outra cidade, ele sabia que teria que pressionar Miguel para que ele usasse o portal, coisa que ele não tinha feito antes por achar muito arriscado, afinal a segurança na Fortaleza era sempre alta, porém ao saberem do ataque eles abaixariam a guarda na Fortaleza para concentrar na entrada da cidade. Cesário tinha seu plano arquitetado, sabia que Miguel faria aquilo e que seria a jogada certa, que colocaria o fim na guerra. Dentro da Fortaleza ele sabia que Miguel não exitaria em acabar com Filipe pelo bem da guerra, ele só tinha que concentrar a atenção nos portões.
O ataque havia começado, eles chegaram com grandes tanques, mas sem nenhum ataque aéreo como em Cidade do Sol, ele conseguiu a atenção, enquanto em Cidade do Inverno Miguel recebe a confirmação que o ataque começou e, mesmo sem saber dos planos de Cesário, Miguel sabia que as atenções não estariam na fortaleza e sim no ataque. O momento tinha chegado, era hora de entrar, ele regulou o portal para que ele levasse direto a tubulação, onde eles poderiam se infiltrar sem serem percebidos. Eles passaram pelo portal, Miguel e outros 7 homens, entre eles David e Rafael. Estava prestes a ser decidido o destino de Eterna.

sábado, 3 de agosto de 2013

Eterna - Guerra Civil - Capitulo XXXV

A Explosão


Tudo claro... tudo sem som... apenas vozes distantes, enquanto não se via nada além de áureas ao redor. Como um clichê de filmes, assim estava Miguel. Algo havia acontecido, algo que ele tentava lembrar.... Ah, uma explosão; alias, duas explosões, diferentes entre si, mas relacionadas. Vamos voltar um pouco no tempo, depois da jantar de rendição, depois da ultima conversa, depois disso, ainda faltavam respostas. Miguel precisava saber o que estava acontecendo, pois realmente estava muito pouco a par de toda a situação. Destruições da qual ele não sabia, acusações de coisas que ele não teve parte. Realmente algo muito grave estava ocorrendo, e tinha alguém que com certeza sabia o que era. Cesário, o 1º Guardião, líder dos Guardiões, ou o que restava deles. Cesário tinha respostas, mas repostas para quais perguntas? Bem, em um dialogo entre esses líderes da, assim conhecida durante os dias de guerra, Resistência, podemos entender quais são. 
Onde estávamos? Ah, Miguel acordou pensativo após os eventos já citados, ele precisava de respostas e foi procurar com Cesário (na verdade poderia ter dito tudo isso resumido antes, mas qual seria a graça?). Aqui está a conversa, no centro de operações de toda a Resistência, a grande Prefeitura de Cidade da Paz:
- Cesário, preciso conversar com você, em particular! - disse Miguel com um tom muito sério.
- Tudo bem - disse Cesário, entrando com Miguel na sala do prefeito e fechando a porta. - Diga, o que é tão sério? - perguntou Cesário.
- Isso que eu ouvi, sobre o ataque em aos rebeldes em Cidade do Sol e a morte de James e Pompeu (Guardiões que estavam na cidade)? - indagou Miguel.
- Infelizmente sim Miguel, nós vencemos lá graças a nossa tecnologia toda a disposição, mas perdemos nossos amigos.
- Como assim? Primeiro, como não fiquei sabendo disso, e por que não me envolveram no projeto de neutralização do Sinal de Escarlate? E depois, como pode usar os nosso recursos de maneira tão irresponsável? - disse Miguel em tom alto.
- Abaixe esse tom garoto, você está no comando dos Tigres, tem que focar na sua função... dizia Cesário até Miguel interromper. 
- Eu sou um Guardião Cesário, como você, como James e Pompeu eram, não pode simplesmente me colocar em um lugar e definir que tenho ficar só ali, você não está no comando dos Guardiões! - interrompeu Miguel.
- Não é este o fato, nós agimos em conjunto, é assim que os Guardiões agem, agora estamos em uma guerra, nada é tão simples, e como sou experiente eu estou sim no comando Miguel, e você não deve questionar minha autoridade e nem meu poder garoto! - disse Cesário em tom de ira.
- Poder? Como assim? Você não é maior que os Guardiões, não deveria ter destruído metade de Cidade do Sol e matado milhares de eternos, inclusive resistentes e nem tomado nenhuma decisão sem a aprovação de todos, e você sabe que eu nunca aprovaria uma carnificina dessas! - continuava em tom alto Miguel.
- Garoto, não diga que tomei decisões fáceis sem ligar, foi muito difícil pra eu dar a ordem, principalmente depois de saber que os dois Guardiões morreram pelas nossa falta de cuidado. Não foi fácil como você diz! - se defendeu Cesário.
- Não importa o quão necessário era essa investida, não deveria ter feito e principalmente me deixado sem saber de nada. - diminuiu o tom Miguel.
- Você é especialista em fazer as coisas sem a aprovação Miguel, ou já esqueceu que deu a cura da Peste do Gesso aos rebeldes sem autorização, ou se esqueceu de que teve Filipe em sua mira em Cidade do Inverno e não o matou. - provocou Cesário.
- Como sabe disso? - perguntou Miguel.
- Um dos antigos Tigres me contou, ele foi muito útil me dando informações suas, informações que podem te deixar muito mal perante os Resistentes! - Cesário continuou a provocar.
- Não adiantaria matar Filipe no momento, e eu sei que não tenho nada a esconder, pode me ameaçar a vontade! Fique ciente também de que os Tigres e nem eu obedecem as suas ordens Cesário e Abe (Guardião que estava em Cidade do Ouro) ficará sabendo do que você tem feito! 
- Abe também está morto Miguel, já faz muito tempo, ele pegou a peste do gesso quando veio até aqui, e morreu em Cidade do Ouro, sem tempo para que levássemos a cura até ele! - disse Cesário.
- Como? Todos os Guardiões estão mortos? Não pode ser, o que é isso Cesário?... Quem será o próximo? Eu?.... espere, eu? Você Cesário, você está...
Nesse momento o clarão começou, uma explosão, depois da explosão de raiva de Miguel com o que estava ocorrendo, mas essa explosão foi real. Um ataque, um ato desesperado dos rebeldes? Uma tentativa de assassinato? A versão oficial é que os rebeldes tentaram um ultimo ataque desesperado, mas quem acredita na versão oficial? 
Miguel ficou ferido, mas como é um eterno ele ficaria bom logo, Cesário teve leve ferimentos, estranhamente, e ninguém na prefeitura morreu. Apenas um clarão, vozes longes e uma áurea, era Vitória, que levou Miguel ao hospital de guerra. Ficou ao seu lado todo momento enquanto Miguel esteve em coma, dois dias seguidos. Ele se recuperou, mas ainda tinha uma ultima missão. E assim, o fim da guerra já estava com os dias contados. Pouco mais de um ou dois depois que Miguel acordou. Mas chega de Spoilers.

domingo, 21 de julho de 2013

Eterna - Guerra Civil - Capitulo XXXIV

Uma Ultima Conversa


Diário de Guerra:
Eu, Miguel Az-Orok, registro hoje uma ultima conversa, desde a primeira que me fez chegar até onde estou, prestes a vencer uma guerra que parecia perdida, onde saímos vitoriosos onde ninguém achou que poderíamos, tudo porque fui convencido; convencido por alguém misterioso para mim, que hoje considero normal quando penso Nele, mas fazia um bom tempo que não conversávamos. Essa conversa foi nos dias finais da guerra, a rendição dos rebeldes em Cidade da Paz acabava de acontecer, houve uma comemoração e após isso fui aos meu aposentos, lá fiquei pensando, vendo vídeos sobre a Eterna Selvagem, vídeos sobre Cidade do Ouro e das demais cidades depois do começo da guerra. Terminado os vídeos sentei em minha cama, estava alegre e um pouco perdido, havia coisas me incomodando, alguém com quem eu não falava a um tempo, que precisa agradecer. Fechei os olhos e ele entrou no quarto, vestido com uma capa branca, por dentro da capa uma armadura de ouro, ou talvez algum metal que reluzia, um capuz do qual saia um luz que impedia de ver o rosto,  então eu disse:
- Acho que você não consegue me surpreender como fazia antes! - disse eu.
-  Acha mesmo que não consigo? - Ele respondeu.
- Não, sei que consegue! Mas diga, o que tem para hoje! - perguntei eu esperando algo.
- Nada, apenas estou aqui para dizer que a guerra está acabada, você conseguiu cumprir o que Eu lhe pedi! Ainda falta um pouco de tempo, falta os atos finais, mas essa guerra civil está acabada! - Ele disse.
- É, essa parte eu já sabia! - brinquei eu.
- O que importa é que aquilo que precisa acontecer aconteceu, sabe, todas as guerras são fúteis, meras lutas por poder, glória, coisas desnecessárias! Mas essa teve algo que no final se mostrou mais forte, o que realmente venceu não foi m lado da guerra, mas a Paz, a união entre os eternos e a certeza de um futuro melhor! Eterna não se esqueceu daquilo pela qual lutava, Paz entre os mundos. Você Miguel lutou e trouxe aos eternos de volta o sentimento de que a recompensa deles não é glória nem poder e sim terem a paz, que tantos lutaram para proteger, seu Pai lutou, você lutou! Pena que os guerreiros acabam não lutando por si, mas pelos outros! Guerreiros dão Paz e em troca recebem guerra!
- Toda essa guerra foi por isso não é? Para que Eterna pudesse lembrar o que realmente é, Guardiã da Paz! - perguntei eu.
- A guerra não foi por isso, ela é um resultado da vaidade que veio sobre os líderes eternos através de gerações, que culminou na guerra e agora, depois da guerra podemos dizer que o preço pela vaidade foi caro, mas os eternos nunca se esqueceram disso, isso difere os eternos dos outros, a paz entre seu próprio povo, o que faz com que a paz se estenda aos outros!
- Então acabou? - eu perguntei.
- Nunca acaba, a guerra findou, por isso talvez você não precise mais de mim aqui! Eu ganhei um amigo nessa guerra, mas acho que não vai precisar mais de mim aqui, mas pode sempre me encontrar, talvez não assim, mas saberá que Eu estarei lá! - disse Ele.
- Eu sempre vou precisar de você, sempre! Preciso dos seus conselhos, preciso de você para me mostrar a direção! - clamava eu.
- Sei que sim, mas a guerra acabou Miguel! Você sempre poderá falar comigo, Eu estou em  toda parte não lembra? Mas da maneira como temos conversado talvez não seja mais necessário! - disse Ele indo embora.
No fundo sabíamos que eu precisaria Dele, mas talvez eu não precisasse mais o ver assim, apenas o sentir! Não o vi mais até o final da guerra, mas sabia que Ele estava sempre perto, afinal, Ele está em todos os lugares.

sábado, 13 de julho de 2013

Eterna - Guerra Civil - Capitulo XXXIII

Inimigo e Amigos


Miguel estava em Cidade da Paz, a missão foi bem sucedida, eles tinham o que faltava para vencer a guerra, o segredo que permitiria que toda a tecnologia (que não era pouca) que eles tinham fosse usada contra os rebeldes. Miguel entregou pessoalmente a Cesário a espada, feliz em poder ter a chave que decidiria a guerra:
- Aqui está, a Espada Eterna! - disse Miguel a Cesário.
- Ótimo, não sei como posso recompensar vocês! - disse eufórico Cesário.
- Bem, perdemos dois grandes soldados, poderia começando a mandar condescendências a família deles e fazer algo para homenageá-los!
- Infelizmente não será possível! 
- Como assim? - estranhou Miguel.
- Essa missão foi secreta, todos os homens que morreram serão dados como mortos em combate e sem corpos achados, não terão homenagens especiais, é o preço pela missão ser secreta! 
- Então eles morreram para termos a espada e nem serão homenageados? - questionou Miguel.
- Não posso fazer nada Miguel, eles sabiam disso quando assumiram a missão! Agora me de a espada!
Miguel entregou a espada, Cesário tirou-a da bainha e entregou a espada a Miguel.
- Não vai ficar com a espada? - estranhou novamente Miguel.
- Não preciso, tudo que preciso é da bainha, nela está o segredo para desativar o Sinal de Escarlate! 
- Então eu ficarei com a espada! - disse Miguel analisando a espada. 
Miguel entregou a David e pediu para que ele mandasse a espada de presente ao pai dos Tigres mortos. Miguel também estranhou o fato de Cesário não chama-lo para estudar o segredo da bainha, mas ficou quieto, logo saberia o resultado, e o resultado não decepcionou. 
Cesário logo começou a usar toda sua tecnologia, mandou tanques e aviões de ataque para Cidade do Sol, eles mataram e dizimaram os rebeldes, destruindo metade da cidade. A destruição foi tanta que atingiu até os soldados resistentes, matando vários deles e também matando os dois Guardiões que estavam lá, James e Pompeu. Diante disso o comandante rebelde de Cidade da Paz foi ao encontro de Cesário e Miguel, e para a surpresa de todos, o comandante era Kalz, que assumiu após a morte do antigo comandante, com quem Miguel tinha trocado a vacina da peste do gesso pela possibilidade de uma conversa com Filipe. Kalz estava para se render, fazendo assim com que a guerra em Cidade da Paz acabasse:
- Está feito, estamos nos rendendo - disse Kalz depois de assinar a rendição.
- Então era você, não consigo acreditar - disse Miguel.
- Espero que entenda, não estou me rendendo pelas armas suas, apenas uma arma sua, suas palavras Miguel, você me fez ver que eu estava lutando pelo que não acreditava, então meu amigo, estou aqui também para agradecer! - disse Kalz.
- Obrigado Kalz, se conseguimos vencer  aqui pelo poder de palavras, imagino que possamos vencer em Cidade do Sol e Cidade Eterna! - disse Miguel não sabendo da destruição em Cidade do Sol.
- Acho que em Cidade do Sol o trabalho foi cumprido, só não destruam Cidade Eterna por completo! - brincou Kalz.
Eles jantaram em comemoração e depois do jantar Miguel foi conversar com Kalz:
- Ainda não acredito que você estava no comando, faz quanto tempo? - perguntou Miguel.
- Um mês, não foi feito alarde, tudo fio muito rápido, e depois de duas semanas eu estava enlouquecendo com o comando, então fui para a floresta, com a intenção ou de achar a espada ou me perder por lá... A segunda opção parecia melhor, mas a primeira veio em boa hora! - respondeu Kalz brincando. - Agora sou um traidor, e preciso pagar por isso! - continuou Kalz.
- Como assim "pagar por isso"? - estranhou Miguel.
- Minha família está em Cidade Eterna, quando Filipe ficar sabendo da rendição vai querer se vingar, eu não me arrependo do que fiz, mas devo voltar para Cidade Eterna, talvez possa me entregar em troca da liberdade pra minha família!
- Espera Kalz, podemos tira-los de lá sem você ter que se entregar, os Tigres podem fazer isso!
- Entrar em Cidade Eterna? Sem serem percebidos e arrancarem uma mulher e duas crianças? - ironizou Kalz.
- Já saímos e entramos da sala de operações rebelde aqui em Cidade da Paz tantas vezes e ninguém percebeu! - disse Miguel.
- Não, dessa vez é melhor eu fazer isso!
- Não precisa Kalz. - insistia Miguel.
- Miguel, essa é minha decisão, não quero ser lembrado como o traidor! Vou me entregar, tire minha família de lá se eles não libertarem ela!
- Kalz, não posso deixar você fazer isso! - disse Miguel segurando o braço de Kalz.
Kalz colocou as mãos nos ombros de Miguel e disse:
- Eu decidi, se um dia meus filhos estiverem estudando a história, não quero que leiam que seu pai foi um traidor, e quero que eles saibam que fiz tudo pelo bem deles!
Miguel parou, olhou e disse para Kalz antes dele ir embora:
- Uma vez alguém disse: "O lado vencedor sempre será o lado bom, e o lado perdedor o lado mau" - Sabe, você escolheu o lado vencedor, não será lembrado como traidor e sim como alguém que escolheu o lado certo, você deu a espada a mim, você nos deu a vitória!
- Sim, já cumpri minha obrigação, só falta mais uma coisa! - disse ele em tom baixo - Ao menos salvei vários homens de vocês! - brincou Kalz.
- Como assim? - perguntou Miguel
- Bem, os homens de Cidade do Sol não tiveram uma boa sorte!
- O que aconteceu? - insistia Miguel sem entender.
- O ataque á Cidade do Sol? A morte de James e Pompeu? Não sabe dessas coisas?
- Não, eu nem sabia que os ataques começaram! Cesário não me avisou!
- Então Miguel, sugiro que converse com Cesário, porque o ataque terminou, e a guerra está quase no fim! Cesário vai ter que te explicar muita coisa! - disse Kalz indo embora, se entregar. Como tinha dito Kalz se entregou, eles não libertaram a família dele, então Miguel começou a planejar uma maneira de tirá-los de lá, porém Kalz não teve sorte, foi executado na praça central de Cidade Eterna, foi morto por fuzilamento. Por mais que sua mulher ficou viúva e seus filhos órfãos de pai, Kalz se tornou um herói por ter entregue a chave da vitória a Miguel, mas ninguém soube além de Miguel, os Tigres e a família de Kalz, a missão foi secreta, ninguém soube como o segredo foi conseguido, então Kalz só ficou conhecido por ter se rendido e poupado muitas vidas de uma morte certa nas mãos dos resistentes, não era o que Kalz esperava, nem o que merecia, mas seus filhos puderam crescer sabendo que seu pai havia feito algo de importante, algo que ele escolheu, e fez aquilo que sabia que era certo! 

quarta-feira, 10 de julho de 2013

Eterna - Guerra Civil - Capitulo XXXII

Espada Eterna - Parte 5


Era noite, ou ao menos estava escuro em um local dentro do solo de uma floresta perto de Cidade da Paz, o chão em volta de um caminho de pedras era de uma cor vermelha, por causa da lava que ficava em baixo de uma fina camada de areia. Dois eternos sentados, cada um de um lado em uma guerra que consumia a cada dia Eterna e seus moradores. Não dormiam, não confiavam no outro o suficiente para isso, então deitavam, mas sempre alertas ao menor movimento do outro. Como eles não iriam dormir Miguel começou puxar conversa:
- Então Kalz, por que defende a bandeira rebelde? - perguntou Miguel.
- Bandeira Rebelde? Sério? - ironizou Kalz.
- Como chamam?
- Novo Império! Seria o termo mais correto!
- Então Filipe é agora Imperador? Hilário! - disse Miguel.
- Você, por que defende seu lado? - agora Kalz perguntou.
- Não tenho um único motivo, sei que os Guardiões serviram mas não são a mesma coisa, não luto por uma forma de governo, nem poder, luto pelo que acredito, e que vocês rebeldes querem nos fazer esquecer!
- O que seria? - perguntou Karlz.
- Acredito que Eterna não é um Império conquistador, somos algo além, Guardiões, não só da Terra, mas da liberdade e sempre fomos esperança para as outras dimensões, protetores, e agora seus lideres querem que nós acreditemos que somos um Império poderoso e vamos dominar dimensões, sermos adorados pelos outros povos... isso não posso admitir e não vou! Isso é o que eu acredito, poderiam ser palavras melhores se eu tivesse tempo para escrever, mas não tive! - brincou Miguel.
- Parece que nós estamos tão errados assim em querer sermos grandes? 
- Não é esse o erro, é a maneira que querem ser grandes. Sempre quis ser grande também, ser lembrado, e agora posso ser como um dos últimos Guardiões, mas não queria que fosse assim, não precisava ser! Mas e você? Não me respondeu! Por que escolheu esse lado?
- Não escolhi, quando me vi estava já nele, era um comandante e se não seguisse as ordens dos meus superiores minha família sofreria! Até agora não tive tempo pra pensar pelo que estou lutando!
- Eu tive, alias, isso me consome sempre, pensar demais, pensar em tudo que está acontecendo, no que acontecerá, no que poderia ter acontecido, tudo isso me consome e eu não consigo para de pensar, por isso as vezes só penso em sair e pegar uma arma e ir ao combate, assim não preciso pensar tanto! - confessou Miguel.
- Por que então pensar? - questionou Kalz.
- Por que? Não sei, pensar é bom, mas se não tomar cuidado pode se perder em seus pensamentos! Mas dane-se, estou de saco cheio dessa conversa, cansado de pensar em lados, lutas e nessa maldita guerra. Vamos continuar andando!
- Mas está escuro, meio escuro; melhor continuarmos quando ficar mais claro!
- Não sei se vai ficar, e seja franco, ninguém aqui vai dormir, você pode me matar, eu posso te matar, então é melhor continuarmos! - disse Miguel.
Eles continuaram andando, era um caminho curto, talvez um ou dois quilômetros:
- Tem filhos Kalz? - perguntou Miguel.
- Sim, dois homens, um de cinco e outro de três anos! Samu e Kalz.
- Deu seu nome ao seu filho? - perguntou Miguel.
- Sim, foi decisão de minha mulher! Mas e você, você não é casado ou é? - perguntou Kalz.
-  Não, nem tenho pensado nisso!
- Continue solteiro, é melhor! - Brincou Kalz.
- Como vai os rebeldes, ou sei lá o nome que vocês querem ser chamado?
- Bem, na verdade somos os imperialistas, um termo melhor, e estamos bem, temos mais soldados!
- Nada disso vai importar quando tivermos a Espada, vocês não conseguirão deter  o que temos! - disse Miguel.
- Você fala como se já tivesse a espada!
-É pra isso que estamos aqui.
- Estamos? - questionou Kalz.
Miguel ficou em silêncio, apenas sorriu. Eles chegaram a um templo, no fim daquele caminho de pedras começava a escada do templo, parecia uma piramide com uma escada e um portal. Eles entraram, e ali estava, a Espada, em um altar. Miguel se aproximou, pegou a espada, tirou-a da bainha, viu a beleza da espada e o templo começou a desmoronar:
- Que clichê, vai corre - brincou Miguel gritando pra Kalz.
Ele entregou a espada na mão de Kalz, que correu, enquanto isso varias daquelas feras (Velociraptores) começaram a correr de uma planície que ficava atras do templo. O chão começou a abrir, os dois correram e Miguel acabou caindo em uma fenda. Ele se agarrou na ponta, mas precisava de ajuda. Kalz olhou, sabia que não precisava mais dele, e que se deixasse ele poderia ficar com a espada, mas mesmo assim ele ajudou Miguel e o tirou de lá. Os Tigres que estavam presos ha horas em uma sala conseguiram se libertar com as rachaduras na parede, e uma rachadura fez o teto desmoronar naquela estufa onde estava Miguel e Kalz, assim eles aproveitaram e conseguiram subir em cima das rochas que caíram, usando-as como escada para alcançar o teto.
No final eles conseguiram sair de lá, encontraram os Tigres nas margens do rio, logo em seguida os rebeldes que estavam juntos com Kalz. A espada estava nas mãos de Kalz, e os Tigres começaram a apontar as armas para os rebeldes, logo Miguel e Kalz pediram para seus homens abaixarem as armas, e Kalz olhou Miguel e lhe entregou a espada:
- Espero que realmente seu lado seja o melhor!
- Não posso garantir que ele é, mas posso garantir que vou fazer o máximo amigo!
Logo cada um voltou daquela floresta, de onde ninguém tinha voltado. Aquela missão mudou o rumo da guerra, agora a balanço começou a pender para o lado dos resistentes.

sábado, 22 de junho de 2013

Eterna - Guerra Civil - Capitulo XXXI

Espada Eterna - Parte 4


Os grandes Tigres Brancos, soldados de elite do exército eterno que defendiam os assim chamados resistentes, estavam em uma floresta, já fazia alguns dias da operação que começaram para encontrar uma espada, sim uma espada que era a chave para usar com força total as melhores tecnologias que Eterna possuía. Imaginem uma raça mais avançada, o que eles não tinham a disposição? E o lado que pudesse usar a tecnologia, até então impossibilitada por uma coisa chamada Sinal de Escarlate, um tipo de sinal que paralisava toda maquina de guerra eterna, quer tanque, quer naves(o que surpreende que não ter sido usado na fuga dos resistentes na hora que os rebeldes tomaram o poder), o lado que tivesse tal poder de usar tudo que estava a disposição venceria, não importa se eram mil contra milhão, a tecnologia destruiria o inimigo certamente!
Não eram só os Tigres que estavam a procura da espada, um grupo de rebeldes também procuravam. Os Tigres continuaram seguindo rumo ao centro da floresta, até o templo onde estava a espada, mas chegando ao ponto onde acreditavam ser o centro encontraram um piramide de sete lados, heptágono, com no máximo um metro e setenta de altura, e com dois lados mais esticados, como se fosse uma ponta.

Eles fizeram testes, Miguel que era o líder deles pediu para ver se era oco ou não:
- É maciça Miguel - respondeu David.
- Estranho, não acho que esse seja o templo que guarda a espada, não é possível, o que está escrito no relatório da localização do templo?
- "A entrada do templo é localizada no meio da floresta" está escrito isso apenas - disse Lucas.
- Limpem a face dessa piramide, tirem as plantas acho que está escrito algo aqui. - pediu Miguel.
Eles limparam a face e viram que havia uma charada em uma das faces da piramide que dizia:
"No meio do mundo
as águas afundam
para o abismo sem fim.
 Onde era triste agora é terra
e essa é seu interior 
que corre para a 
PAZ NA GUERRA".
- O que será que isso quer dizer? - Perguntou Miguel.
- Pra mim nada, é só um monte de frases sem sentido para confundir a gente! - Respondeu Junn.
- Tem que ter sentido, vamos começar pelo principio. - sugeriu David.
- "No meio do mundo", só pode ser no meio da floresta, mas aqui é o meio! - disse Wilson.
- "as águas afundam", deve haver um rio aqui, vimos um barulho de rio quando andávamos, talvez sejam essas águas! - Completou Hulfral.
- A floresta nem sempre teve esse tamanho, talvez seu centro fosse outro, talvez o rio. Mas como saber a direção?.... Espera, essas duas faces, parecem uma seta, talvez apontem para o meio, vamos seguir e talvez encontremos o rio! - disse Miguel
Eles seguiram a direção da seta e encontraram uma especie de lago onde se encontrava vários rios que vinham da floresta, era um lago aparentemente pequeno, como tanta água ia parar ali? Então repararam que havia um buraco no meio do lago e toda água descia nele.
- "as águas afundam para o abismo sem fim", acho que já entendemos essa parte, mas e o resto? - comentou David.
- "Onde era triste agora é terra", acho que tristeza está se referindo a lagrimas, ou água, que desce para o buraco e lá deve ter terra seca! - Disse Miguel - Quem está afim de arriscar? - completou.
- Eu vou, a água é rasa e não tem muita corrente, o buraco é grande a água passa sossegada nele, então pra que ter medo? - Disse David.
- Vamos todos. - ordenou Miguel.
Era arriscado, mas eles foram, colocaram cordas na beirada e desceram embaixo, onde realmente havia terra seca, mas vários caminhos, como um labirinto.
- E agora? " e essa é seu interior, que corre para a Paz na Guerra"? - comentou Lucas.
- Temos vários caminhos, onde alguns deles deve levar a "Paz na Guerra" que faz referencia ao que está escrito na espada "Paz em Meio a Guerra". Mas como vamos saber o caminho? - perguntou
Miguel.
- Não tem nada indicando dessa vez, o jeito é procurar! - disse Hulfral.
- Pode ser um labirinto, pode haver centenas de caminhos! Não é muito inteligente procurar sem saber aonde ir! - disse Lucas.
- Não temos outra escolha, vamos andar e decidir, eu acho melhor irmos por um desses três onde corre água junto ao caminho, vamos por este. ordenou Miguel apontando para um dos três caminhos.   
- Eles andaram por cinco minutos até verem que não havia saída naquele caminho, apenas uma parede de pedras,  voltaram e foram por outro, esse outro foi mais longo até chegarem a um ponto onde havia uma passagem estreita, onde só entrava um homem por vez, e tinha um formato redondo. Miguel entrou primeiro, mas quando entrou a passagem se fechou, e o chão onde os outros estavam desabou, era uma armadilha, onde o fundo do buraco onde caíram havia estacas, onde dois dos Tigres se machucaram, mas ninguém foi empalado. O buraco era muito fundo, tinha uns 5 metros de altura e eles não conseguiriam subir pois as paredes eram muito lisas, então acharam na parede do buraco um túnel,  mas ficaram com receio:
- E se entrarmos ai e o chão abrir de novo? - retrucou Lucas.
- A maneira é tentar - respondeu David.
Eles entraram e o túnel levou-os a vários caminhos, onde eles já estavam acreditando não ter mais fim. Eles chegaram até uma sala onde tinha vários manuscritos e uma porta trancada, a sala era revestida de ouro e a porta de uma madeira muito resistente. Quando o ultimo deles entrou na sala o buraco fechou, eles procuraram por uma chave para abrir a porta, mas era uma tarefa difícil por causa da bagunça da sala.
Enquanto isso, Miguel estava em outro túnel, onde o único jeito era continuar a andar, o estranho era que naquelas caverna, tanto nos túnel quanto no buraco a areia irradiava uma luz, que iluminava o túnel. Ele seguiu até chegar a saída do túnel, onde encontrou um corredor, que estranhamente estava iluminado por tochas e era todo feito de ouro. Ele seguiu até ouvir passos, esperou, e quando os passos chegaram perto ouviu um rugido bem alto, era um animal carnívoro, muito parecido com os encontrados na floresta, só que esse era menor, ele avançou em Miguel que desviou do animal que avançou agora em outra pessoa, dona dos passos ouvido por Miguel, que se vestia como um rebelde, tinha cabelos pretos, e aparentava ter uns 50 anos (uns 20 anos de aparência humana). Miguel disparou contra o animal antes que ele machucasse o rebelde, que olhou para ele, esperando receber um tiro também, mas Miguel guardou a arma e disse:
- Seja mais rápido da próxima! 
- Não vai me matar? 
- Não, mas preciso saber, o que tem da direção que você veio?
- Nada, chega em uma parede com umas inscrições antigas que contam histórias da construção e da espada.
- Seria interessante ler, mas tenho outra coisa pra fazer. Está acompanhado?
- Alguns homens, mas me perdi deles, e você. - disse o rebelde levantando.
- A mesma coisa, qual seu nome?
- Kalz, e o seu?
- Miguel, acho que já devia saber.
- Sim, já sabia, mas então Miguel, vai me matar, me prender ou o que? Estou desarmado.
- Você não oferece nenhum risco, então se quiser me seguir me siga, pode ser útil se vir algum daqueles com fome.
 - Acha mesmo que vou andar com você e ficar tranquilo?
- O que você quer? Que eu te mate? Se quiser eu posso fazer.
- Não, então vamos seguir e ver até onde isso vai.
Assim eles andaram pelo corredor até uma porta que dava em um lugar aberto, iluminado mas estranhamente seu céu dava num teto de pedra que iluminava o local, como se ali fosse uma estufa ou algo assim, porém dentro da terra, era uma mata e um caminho que levava até um templo, o tal templo da espada, mas estava muito longe e o caminho era todos ziguezagueado:
- É lindo, esse lugar é incrível! - comentou Kalz. 
- É sim, o caminho é estranho, alias, muito estranho, mas acho que aquele templo é o que todos procuramos, melhor cortar caminho pela mata - disse Miguel.
- Melhor seguir o caminho, está muito estranho, deve ter um motivo! 
- Está com medo? - provocou Miguel.
Ele colocou o pé na mata e quando apertou sentiu seu pé aquecer, ele tirou, arrancou o mato do e viu que abaixo do mato havia uma camada fina de terra e depois era apenas lava, o que explicava a necessidade do caminho.
- Então, você está com medo? - provocou Kalz.
- Melhor seguirmos o caminho - respondeu Miguel.
Eles seguiram, mas já era tarde, e estavam cansados demais, e curiosamente, aquele teto começou a escurecer. O que tornaria tudo escuro se não fosse a lava que mesmo embaixo das plantas iluminava com uma cor vermelha. Os dois sentaram e decidiram descansar um pouco.

quarta-feira, 29 de maio de 2013

Eterna - Guerra Civil - Parte XXX

Espada Eterna - Parte 3


Os Tigres Brancos, soldados de elite de Eterna e dos assim chamados resistentes, estavam em uma floresta um pouco mais ao sul de Cidade da Paz, eles andavam em direção ao centro dela, onde havia um templo e nesse havia uma espada que poderia decidir a guerra. Ele não tinham nada para guia-los, apenas o que eles foram treinados poderia ajuda-los na missão, eles andavam sempre para o centro, mas de repente, um animal muito grande começou a persegui-los, era uma espécie de lagarto gigante que vivia na floresta, e comia carne, e pior, era um bando, um bando de animais que conhecemos como Velociraptor. Ele começaram a ser perseguidos, mas como eram bem treinados se organizaram, Miguel pediu para que fizessem um circulo, para que pudessem olhar todos os lados e poderem atirarem sem acertar uns aos outros, mas Freevel, experiente soldado acabou caindo e sendo devorado vivo, mesmo com todo esforço de seus companheiros de tentar resgata-lo das garras da fera. 
Um trágico acontecimento, mesmo em uma guerra, mas eles continuaram, mataram as feras e enterraram os restos de Freevel. Neervel, irmão de Freevel estava muito triste, mas se mostrou forte e não chorou a morte do irmão, apenas se levantou e continuou, fazendo com que os outros também continuassem. Era um soldado forte, mas estava arrasado pelo acontecimento, era muito unido com seu irmão, e ficava o tempo todo pensando em como seria difícil dar a noticia aos seu pai e mãe, isso acabava fazendo ele ficar cada vez mais amargurado. Miguel viu isso e conversou com ele:
- Neervel, pare um pouco, esfrie a cabeça, chore! Sei que foi terrível, você fez de tudo!  
- Ele era meu irmão mais novo, isso é complicado, você não sabe como é, não querendo desrespeita-lo, mas se tivesse um irmão, saberia como é difícil!
- Fique calmo, ele se sacrificou pelo que acreditava, era um grande soldado e um grande companheiro, lembre-se disso! Relaxe agora depois iremos continuar!
Miguel disse isso e pediu para que os homens parassem um pouco, eles descansaram e depois continuaram a andar, Neervel ainda triste, mas forte. Logo eles chegaram a um acampamento vazio numa área sem arvores no meio da floresta, eles andaram e viram que só havia tendas rasgadas e restos de madeiras, mas Neervel notou que havia uma fogueira que tinha sido apagada o pouco tempo, ou seja, havia alguém ali perto, eles continuaram andando, quando foram surpreendidos por seres que viviam na floresta a muitos e muitos anos, que achavam que não existiam mais, os Tribucus, seres que lembram de certa forma alienígenas da maneira que vemos em filmes, mas sem as cabeças longas e de corpos esguios e cabelos e pelos nas pernas muito longos, além de uma pele áspera e viscosa, esses seres atacaram os Tigres, porém, usavam roupas que os camuflavam na vegetação, por isso conseguiram se aproximar e arrancar das mãos dos Tigres suas armas, deixando-os vulneráveis, mas Neervel estava com a arma na mão ainda, ele conseguiu matar vários daqueles seres e aqueles que estavam mais próximos dos soldados, mas a maioria estava perto dele, enquanto os outros recuperaram sua armas e correram para o acampamento, onde as arvores não ajudariam os seres, mas Neervel ficou e impediu que eles os seguissem, ele morreu nas mãos daqueles seres, mas os outros conseguirem correr. Entrando no acampamento Miguel orientou-os na mesma formação redonda que usaram contra as feras, o que ajudou ele a dispersarem os Tribucus, até que um deles veio ao encontro de Miguel com as mãos erguidas para conversarem:
- Vocês não poderão passar. - disse o representante dos seres.
- Você matou um dos nosso, você podem ser muitos, mas matarei um por um se não nos deixarem em paz!
- Não pode, Guardiões ordenaram, ninguém passa - disse ele que não sabia falar muito fluentemente a língua Eterna.
- Eu sou um, se não me deixarem eu estou avisando, eu vou destruir um por um, e eu posso fazer isso! 
- Calma Miguel, não precisamos mata-los! - disse David tentando acalmar Miguel.
- Eles mataram Neervel, esses idiotas vão ter o que merecem! - Miguel tirou o seu medalhão de guardião e mostrou ao ser - Está aqui, agora saia da minha frente ou eu arrebento sua cabeça!
O ser olhou e apenas se ajoelhou, enquanto os Tigres passaram cautelosos  pelos seres.
Assim eles passaram, mas logo após eles, algumas horas um grupo de 50 rebeldes também estavam atrás da espada, eles mataram aqueles seres, um por um, pois eles não deixaram eles passar, eles estavam indo de encontro com os Tigres, tinham o mesmo objetivo, e logo haveria um encontro! 

domingo, 19 de maio de 2013

Eterna - Guerra Civil - Parte XXIX

A Espada Eterna - Parte 2


Um certo dia um soldado eterno chamado Resfal proferiu as seguintes palavras:
"Guerras sempre existirão, mas quando elas acabam o lado vencedor sempre será o lado bom, enquanto o lado perdedor sempre será o lado mau!".
Essa frase foi dita no final de uma guerra entre Eterna e Ozza (dimensão que foi devastada por várias guerras até restar apenas cinzas do planeta), uma guerra acontecida no ano 1.500 de Eterna. Esse eterno morreu vários anos depois da guerra, mas viveu os resto da vida dizendo que preferia ter morrido na guerra junto com seus companheiros! 
Miguel e os Tigres estavam agora em uma floresta para uma missão que decidiria o destino da Guerra Civil Eterna, entre o velho governo e um novo. A floresta guardava muitos segredos, nenhuma tecnologia funcionava bem no seu centro, a não ser localizadores especiais que funcionavam emitindo sons de alta frequência e além de tudo muitos povos desapareceram ali, pois Eterna recebeu vários refugiados de guerras antigas, e os povos que procuraram viver lá nunca mais foram vistos! Era nessa floresta que eles estavam, e seria muito difícil procurar a espada, já que a floresta era muito densa!
Eles seguiram para cada vez mais para o centro da floresta, um antigo nome referido a ela era Floresta das Trevas, o que resumia bem, pois quanto mais ao centro mais densa e escura ela ficava. Passaram um dia andando e pararam para descansar ao anoitecer, quando eles acenderam uma fogueira e envolta dela começaram a conversar sobre a guerra.
-  Essa tal espada pode decidir mesmo essa guerra? Afinal, estamos falando de uma lenda! - Perguntou Junn á Miguel;
- Ela é real, isso eu te garanto, mas sua eficacia é questionável, mas se é uma esperança deve ser tentada, e além disso, seria incrível achar uma relíquia dessas!
- Então estamos atrás de uma coisa que vai acabar com a guerra?! Essa guerra só acaba quando matarmo Filipe e todos os seus homens, eles começaram isso, eles são o lado errado disso, eles é que são maus! Devíamos estar destruindo e não aqui! - Falou Freevel com uma voz de ódio.
- Não existe lado mau Freevel, existe apenas lados, um defende algo que parece mais justo, mas ainda são apenas lados! - Respondeu Miguel
- O nosso lado com certeza parece ser o mais "bom"! - continuava Freevel.
- Sabe, em Cidade do Inverno, houve um dia em que alguns rebeldes estavam fugindo para o norte, isso foi pouco antes de acabar a guerra na cidade, eu liderei alguns homens para irmos atrás deles, eu achei que poderia captura-los mais facilmente pelo fato deles estarem fugindo, mas chegamos a um lugar onde a neblina não nos deixava ver a três metros de distancia, naquela hora o medo tomou conta de todos, ouvimos gritos e gemidos, naquela região existem animais da neve chamados carnificinas, animais que matam de uma maneira horrenda, introduzem as garras dentro do seu corpo e começam a rasgar você ainda vivo..... Tudo que ouvíamos era gemido e dor, eu levei 500 soldados e os rebeldes eram 300, começamos a atirar em tudo, talvez eu e alguns soldados tenhamos disparado em nossos próprios homens, depois que tudo acalmou, a neblina sumiu, e vimos o que havia restado, vimos corpos, alguns sem cabeças, outros estraçalhados, resistentes e rebeldes mortos, alguns sobraram, 20 resistentes e 4 rebeldes..... Foi um verdadeiro desastre aquela operação, David estava lá, o medo ainda pairava no ar, o cheiro de sangue em nossas roupas.... Depois de tudo ficamos sabendo que aqueles rebeldes estavam indo para o norte achar uma planta medicinal para salvar alguns dos seus que estavam doentes, eu mandei que alguns homens ajudassem os doentes quando vencemos, mas muitos já estavam mortos! Agora eu pergunto, qual é o lado bom? Ou qual é o lado mau? Eles estavam apenas tentando ajudar os seus e nós, apenas atrapalhamos por nada! Eu sei que de uma coisa, nós não somos o lado bom, somos apenas o que defendemos algo melhor, mas nós, ainda somos tão maus quanto todos!
Todos fizeram silencio, estavam surpresos ao saber disso, então David quebra o silencio:
- Essa espada pode acabar com isso, com essa destruição, não importa o que fizemos, importa o que vamos fazer, esqueçam seus erros e continuem lutando pelo que acreditam, talvez haja esperança para nossas almas!

domingo, 5 de maio de 2013

Eterna - Guerra Civil - Parte XXVIII

A Espada Eterna - Parte 1


Existe uma lenda, bem, verdade não é bem uma lenda, mas uma história esquecida sobre uma espada, não apenas uma espada qualquer, se fosse, qual seria a graça da história? Essa espada tinha um grande poder, dizem que ela também esconde uma grande tecnologia, mas ainda existe algo sobre a espada que se resume em uma frase cravada na espada - "A Paz em meio a Guerra" -, essa frase era o suficiente para que Cesário tivesse grande interesse na espada, desde o começo da guerra, mas ainda tinha mais um extra, ela poderia desativar o sinal de escarlate possibilitando o uso de maquinas de guerra, o que daria a vantagem necessária para os resistentes virarem a face da guerra!

A espada estava em uma região de floresta perto de Cidade da Paz, em um templo, que não servia para adoração, mas para proteção de relíquias e conhecimentos antigos. A verdadeira localização da espada não era certeza, mas sabia-se que sua existência era inquestionável porque havia vários registros e relatos dela, e em especial, uma imagem que a retratava com um desenho feita mais ou menos no ano 3000. Cesário queria muito a espada, mas não tinha uma equipe para ir procura-la até então, mas agora ele tinha os Tigres Brancos, a equipe perfeita para a missão! Cesário conversou com Miguel sobre a missão e sua importância:
- Intendeu a importância dessa missão?
 - Sim!
- Essa espada é conhecida como Espada Eterna, dizem que sua tecnologia é mais avançada do que a nossa e foi dada a nossos ancestrais por seres angelicais há milênios! Você precisa recuperar essa espada!
- Mas quem foi que a colocou lá?
- Adivinha? O mesmo criador do sinal de escarlate, o cara era muito fera, sabia que isso iria acontecer um dia, e sabia que o lado digno teria a espada, e nós somos esse lado!
 - Não tenho certeza se todos nós somos dignos, mas espero que seja bem aproveitado o poder dessa espada!
- E ela será! Agora lembre-se, vocês estão em uma missão secreta e que não foi registrada, não há registro dessa missão e ninguém deve saber dela! Entendido?
- Sim, vou partir com os Tigres ao amanhecer!
E assim, ao amanhecer eles partiram para a floresta, ela ficava um pouco mais ao sul de Cidade da Paz, e o transporte só podia leva-los para onde começava a floresta já que ela era muito densa! Assim eles foram deixados com o que precisavam e com um localizador para serem resgatados caso precisassem, e assim eles estavam de frente com o desafio, achar a Espada Eterna!

sábado, 27 de abril de 2013

Eterna - Guerra Civil - Parte XXVII

Os Novos Tigres Brancos 


Em uma guerra é importante ter informações especiais, segredos, e coisas do tipo, e para isso, é necessário uma equipe vem preparada. Miguel havia criado tal esquipe em Cidade do Inverno, mas a guerra lá havia acabado, chegou a hora dessa equipe se renovar, e ser a equipe especial dos resistentes!
Cesário conversou com Miguel sobre isso:
- Você Miguel, como líder do exercito já fez seu trabalho, essa cidade é minha obrigação, então aqui eu estou no comando, mas vou precisar da sua ajuda para algo.
- Pode dizer, estou aqui para ajudar! - Disse Miguel num tom irônico.
- Em Cidade do Inverno você tinha uma equipe secreta, os Tigres Brancos?
- Sim, foi uma coisa que surgia meio por acaso, mas foi muito bom!
- Sabe, eu tenho equipes de espionagem, mas nada comparado aos Tigres, então quero que você os comande aqui  em Cidade da Paz!
- Seria bom, mas a maioria esta em Cidade do Inverno! 
- Não tem problema, eu te disponibilizo os meus melhores homens e você poderá formar uma nova equipe, com 10 integrantes, que eles sejam os melhores!
- Então está bem, vou montar a equipe!
Então Miguel montou a equipe, escolheu os melhores, e seus nomes são: Bethel, Frevell, Neervell (irmão de Frevell), Junn, Hulfral, Audiro, Lucas, Morgan, Wilson e David (amigo e um dos comandantes de Miguel). Esses eram os melhores na época, e depois dessa equipe a guerra começou a mudar, eles juntos em um mês destruíram carregamentos dos rebeldes, sozinhos invadiram na noite e renderam centenas de soldados e assim correu pelos rebeldes o medo dos grandes Tigres Brancos!
Miguel estava satisfeito com a equipe, mas ainda se sentia que não era o suficiente, a guerra ainda pendia para o lado dos rebeldes, então ele sabia que em uma instalação dos rebeldes em Cidade da Paz havia informações importantes sobre um grande ataque a Cidade do Ouro, que era a base dos rebeldes, então ele e sua equipe foram até a instalação, Miguel e David entraram na instalação e pegaram os arquivos, e viram que eles mandariam uma grande bomba em Cidade do Ouro, só que essa bomba seria levada por um caminhão, que disfarçado entraria na Cidade e detonaria ela já que era um bomba atômica. O ataque não foi assinado por Filipe e sim por um dos Ministros, só que eles teriam que impedir que isso acontecesse.
No dia que o caminhão saiu com a bomba uma grande frota o atacou de longe, e detonaram o caminhão, a explosão criou um grande cogumelo, e os Tigres salvaram a Cidade do Ouro, com isso eles foram condecorados, mas longe de todos, já que não poderiam ser identificados, pois eram do serviço secreto dos resistentes.
Os Tigres provaram sua importância, e mostraram como poucos poderiam fazer muitos, eles eram os melhores, mas ainda assim a guerra estava bem desvantajosa para os resistentes, porém havia uma nova esperança, um operação que poderia mudar a história da guerra!

quinta-feira, 18 de abril de 2013

Eterna - Guerra Civil - Parte XXVI

Paz em Guerra


Paz, uma palavra tão almejada na guerra e tão desprezada em tempo de fartura! Eterna estava em guerra, e ouvir PAZ tinha um som maravilhoso!
Depois da vitória em Cidade do Inverno os soldados que lá lutaram ganharam uma grande fama de corajosos, e seu líder, Miguel, era conhecido e respeitado entre os dois lados como um grande herói de guerra. Os soldados chegaram para ajudar Cesário em Cidade da Paz, que era uma linda cidade, ficava um pouco abaixo do "Equador" de Eterna, tinha um clima mediterrâneo misturado com tropical; era linda, uma cidade muito bem organizada e uma das mais importantes da história de Eterna. Era toda revestida com gesso, o que dava a Cidade um tom branco, mas ainda tinha muitas arvores e flores, que coloriam a cidade! Porém, ela estava diferente, o medo persistia por ela, a guerra estava muito estagnada, mas ainda sim ainda se ouviam tiros e grandes sons ao envés da paz que costuma ser! A cidade estava marcada pelos tiros de energia azul, as armas usavam a energia azul convertida em um laser de cor azul também, e os tiros estavam destruindo o revestimento de gesso e destruindo a cidade! A guerra é terrível e estava destruindo uma das mais belas cidades de Eterna e destruindo a fé de seus cidadãos! Miguel e os soldados que voltaram com ele (não foram todos os que lutaram já que alguns tiveram que ficar em Cidade do Inverno) para ajudar Cesário e proteger e expulsar os "rebeldes" (nome dado aos soldados que apoiavam o regime imperialista de Filipe) da Cidade sem causar muitos danos. Era uma missão difícil  mas Miguel tinha ganhado grade fama pelas vitórias e sabia que poderiam conseguir!
Chegando em Cidade da Paz eles foram recebidos como heróis, Miguel foi imediatamente falar com Cesário que estava no comando, eles já tinham se falado durante a peste do gesso, mas já fazia meses que isso tinha acontecido e eles estavam em um clima de raiva um do outro:
- Finalmente chegou o nosso herói! - Disse Cesário ao ver Miguel entrar na sala de comandos.
- Sem ironias, sem que não está tão feliz em em ver, mas eu vim pra ajudar você e cumprir com minha obrigação de Guardião! - Respondeu Miguel.
- Posso ficar a sós com Miguel senhores. - Pediu Cesário aos seus comandantes -  Posso ver que você conseguiu o que nenhum de nós Guardiões conseguiram! Parabéns garoto!
- Não acha que essa guerra está estagnada demais? - Disse Miguel com um tom irônico.
- Sim, não é tão fácil como foi para você! - Respondeu Cesário com mesmo tom irônico.
- Acha que foi fácil? Não, com certeza não foi! Mas eu consegui, nós conseguimos, e vencemos, acreditamos em uma causa e alcançamos nosso objetivos, mas em nenhum momento foi fácil! - Disse Miguel com a voz um poco alterada.
- Calma Miguel, calma!...... Sabe, dizem que vocês receberam ajuda de um Dragão Celeste? - Disse Cesário novamente irônico.
- Sim, parece estranho e na verdade é, mas mesmo assim foi o que aconteceu!
- Estranho, com certeza foi, e ele falava?
- Sim, falou um pouco!
- Tem coisas que não acreditamos, só quando vemos sabemos que ainda existe coisas inexplicáveis como esta, certamente isso foi maravilhoso!
- Sim foi uma coisa unica né! - Disse Miguel em um clima descontraído.
- Será que poderíamos captura-lo? Ou apenas ter um auxilio?
- Você é muito arrogante Cesário, ele não vai sair de Cidade do Inverno, e você não pode simplesmente captura-lo, ele não é uma arma! - Falou Miguel mudando totalmente sua afeição para um tom sério.
- Calma, precisamos de todo apoio possível  e talvez possa acontecer muita coisa ainda Miguel, coisas que não nos orgulhemos, porém serão necessárias! Espero que esteja pronto pra fazer o que for preciso Miguel!
- Eu espero que não precise de certas coisas, mas agora preciso organizar certas coisas, ver certos relatórios, ainda tem muito o que fazer Cesário, apenas tente não ser tão arrogante!

segunda-feira, 8 de abril de 2013

Eterna - Guerra Civil - Parte XXV

Fantasmas no Gelo


A Cidade do Inverno era agora dos chamados Resistentes, que tinham travado uma grande batalha para consegui-la de volta. Rafael e alguns soldados ficaram na cidade, para protege-la, mas era muito pouco provável que ela seria atacada de novo, afinal ela nem valia tanto para a guerra; enquanto isso Miguel e David foram embora para Cidade da Paz, onde se encontrariam com Cesário  mas eles teriam que atravessar a região gelada de Eterna com as tropas, todas com carros de guerra, mas mesmo assim era um desafio atravessar a região polar.
Os homens iam nos caminhões de guerra, todos juntos ainda contando quem havia sobrevivido, o frio e o silencio tomava conta do lugar, só algumas vozes de reclamações e lamentos se ouviam. No carro da frente iam os comandantes, Miguel e David, além de Vitória, mas até ali havia um grande silencio. O que eles haviam passado ali em Inverno foi uma experiencia que deixou muitas marcas, muitos que foram não voltaram e os que voltaram estavam tristes e cabisbaixos, porque mesmo que tenham retomado a cidade eles pagaram um preço muito alto para isso!
No silencio eles ouviram um choro, um choro de uma criança. A neve fazia tudo ficar branco e só se via branco, mas logo além do que se podia ver eles viram sombras e vultos, alguns chegaram a lembrar que o lugar podia ter fantasmas, as almas daqueles que morrem no gelo se perde pelas florestas e pela branquidão do gelo, pelo menos era assim que pensavam os antigos eternos que habitavam ali, e por mais que eles fossem um povo cheios de tecnologia ainda sabiam que existia coisas inexplicáveis, porém essa tinha uma explicação, eram soldados rebeldes de Filipe abandonados no gelo, eles não tinham como voltar quando fugiram de Cidade do Inverno e acabaram ficando presos no gelo. Havia ali homens de varias idades e mulheres também, vários cidadãos que apoiaram os rebeldes em Inverno, e muitos estavam congelados e mortos, mas haviam sobreviventes e então Miguel pediu que vasculhassem e encontrassem todos os sobreviventes, porém um dos soldados indagou:
- Por que ajuda-los? São rebeldes e merecem esse fim! - disse um soldado.
- Eu acho que deveríamos deixa-los congelar! - disse outro soldado.
- Deixa-los aqui? Vocês acham que isso seria certo? Que pelo menos isso seria algo bom? Não importa o quanto essa guerra nos afastou, eles ainda são nossos irmãos e merecem nossas mão estendida! Se vocês não concordam com isso acho que não são melhores que eles! - Respondeu Miguel aos soldados.
- Eu acho que se ajudarmos eles não conseguiremos retornar, não vai dar pra levar esse pessoal todo, é muita gente Miguel, temos que deixa-los, pelo menos alguns! - Disse Rochark um dos comandantes de Miguel com a voz baixa para apenas Miguel e os comandantes ouvirem .
- Não Miguel, não podemos deixa-los, o que estaríamos nos tornando se deixássemos eles aí morrendo? Não podemos deixar eles aqui! - Disse David para Miguel em resposta a Rochark.
- Você está certo Rochark e você também David, é uma decisão difícil mas devemos optar pelo que parece mais certo, ajuda-los! Não vou deixa-los aqui morrendo, vamos leva-los, tem um posto de armamento dos Guardiões não muito longe onde poderemos nos abastecer! Está decidido! - Respondeu Miguel aos dois.
Logo Vitória chegou com um bebê no colo, ele estava com frio e com fome, mas ainda vivo e isso era um grande milagre.
- Olhem! Se não tivéssemos parado talvez essa criança tivesse morrido! - Disse Vitória a Miguel.
- É apenas um bebê, ele não tem culpa do que acontece aqui, ainda bem que paramos, tem muitos ainda? - Perguntou Miguel,
- Tem bastante gente, mas muitos morreram de frio ou fome! - Disse Vitória enquanto via os soldados resistentes ajudando os rebeldes, uma visão que inspirava todos e dava esperança.
Eles conseguiram alcançar o posto de abastecimento e depois chegaram depois de um dia de viagem a Cidade do Ouro, onde os ferido ficaram e Miguel, David e Vitória juntos com vários soldados para Cidade da Paz onde ajudariam Cesário a enfrentar os rebeldes.

domingo, 31 de março de 2013

Eterna - Guerra Civil - Parte XXIV

O Dragão Celeste 


A guerra em Cidade do Inverno estava prestes a acabar, Miguel e seus comandantes tinham conseguido resistir a todas as adversidades e estavam prestes a controlar  a cidade de uma vez. A moral dos soldados era alta e eles estavam preparando o ultimo ataque, de uma só vez tomar a cidade e todos exercito se reuniu em um ponto onde estavam prestes a fazer o ataque final, coordenados, porém mortal seria o ataque.
Miguel estava a frente do exercito (com todo o estilo de guerra medieval só que sem cavalos e lanças, ao envés disso metralhadoras de energia azul convertida, ou apenas armas de energia), ele proferiu as seguintes palavras:
- Hoje é o dia em que tomaremos de volta a cidade e libertaremos seu povo do julgo imperialista no qual querem nos colocar, quero que agora se lembrem de seus irmãos mortos em batalha, todos eles morreram! Mas não foi em vão, hoje nos faremos do legado deles realidade, Eterna nunca mais será a mesma, e nós sempre nos lembraremos deles. Foi um prazer lutar ao lado de cada um, que o Criador nos proteja nessa ultima batalha pela cidade, não desanimem-se, fiquem firmes, hoje é o dia em que traremos paz a esta cidade, e essa paz resistirá até o fim dos seculos!
Quando Miguel disse isso, um grande dragão sobrevoou o local, era imenso, tinha dez metros de comprimento, era um dragão celeste, alias O Dragão Celeste, ele pousou perto de Miguel, todos estavam com medo da fera, mas Miguel ordenou que todos ficassem parados; o dragão olhou nos olhos de Miguel e disse:
- Não haverá mortes hoje, foi me dado a tarefa de proteger essa cidade, e eu farei isso. Fiquei anos sem aparecer, mas hoje Cidade do Inverno terá a paz que merece! - Disse o dragão com uma voz poderosa.
- Você é o Grande Dragão Celeste Eterno!? Realmente você é grande como me falaram, mas não podemos deixar de derramar sangue, é assim que se vence uma guerra!
- Não, eu era um dragão normal, quando os dragões foram caçados e mortos eu perdi minha mulher e minha filha, nós dragões só temos um ou dois filhos em toda nossa vida, e eu as perdi, eu era ainda uma fera até que o Criador me fez prometer que protegeria vocês, que roubaram as coisas mais importantes para mim, agora eu digo que chega de sangue, hoje haverá paz, hoje eu cumprirei minha promessa! - Disse o dragão soltando fogo de suas narinas!
Então o grande dragão sobrevoou os rebeldes, queimou seus armamentos, destruiu as casas e fizeram eles fugirem para longe da cidade, nenhum homem foi morto, nenhum sangue derramado, porém o dragão não voltou, ele subiu ao alto dos céus e ninguém mais conseguia vê-lo, muito dizem que ele se reencontrou com sua família em outra dimensão ou vida, outros dizem que ele apenas foi embora, outros ainda acham que ele irá voltar,  o mais importante é que ele tinha acabado com a guerra, os rebeldes fugiram e a cidade foi liberta!!!
Miguel teria que voltar agora a Cidade da Paz e ajudar a Cesario e os outros Guardiões, porém ele olhou a Cidade do Inverno e lembrou da poesia sobre ela:
"Dos céus o gelo desce
a Terra congela sobre seus cuidados
os grandes reinos olharão e verão sua Glória;
Olhem seu céu alado
as asas dos Celestes trazem a paz, e sobre o mau a vitória
Eterna se rende ao seu Inverno 
Cidade branca Imortal" 
  

quinta-feira, 21 de março de 2013

Eterna - Guerra Civil - Parte XXIII

Muro das Lamentações Eternas 


Em Cidade do Inverno os soldados de ambos os lados da guerra estavam abatidos, ele observavam dias após dia sua terra sendo destruída, seus amigos morrerem, seus pais sofrerem, suas mulheres chorando, seus filhos tristes. Tudo estava tão frio nos corações quanto no clima da cidade, que é basicamente feita de gelo já que tem condições que permitem o gelo não derreter. A Cidade é bela, mas estava destruída, os edifícios feitos de gelo eram derretido pelas armas de energia azul, a cidade estava bem destruída, havia lugares onde não havia mais nada que trincheiras e campos minados. O sentimento era de perda, para os dois lados, mesmo os resistentes tendo a maior dominância na cidade, mas Miguel queria dar uma lembrança aos eternos que estavam lá, de que o sacrifício deles não era em vão, assim ele mandou fazerem no centro da cidade um grande muro, feito de eternium puro o muro contava com sete metros de altura e 20 de comprimento, para que o nome de cada homem morto naquela guerra pudesse ter seu nome gravado eternamente no muro, para que todas as gerações que vissem se lembrassem deles. Na inauguração do muro Miguel deu um discurso para uma platéia de 10 mil soldados, ele falou:
- Meus irmãos Eternos, hoje viemos aqui para lembrar; viemos aqui para que uma lembrança nunca seja esquecida, a lembrança dos nossos amigos, irmãos, familiares, filhos, e todo o eterno, do maior ao menor que morreram nessa guerra, eles que foram heróis e hoje estão em nossas lembranças e lá eles serão sempre Eternos, lá eles nunca passarão, seus nomes estarão para sempre nesse muro, para que todos vejam que um dia eternos deram sua vida pelo que acreditavam, para construir uma eterna melhor, para que nós pudéssemos ter a chance de faze-la melhor, faze-la uma dimensão de paz! Hoje queremos lembrar que eles foram heróis que não pouparam suas vidas para que outros pudessem viver! Eles estarão sempre lá, olhando para nós, não devemos lamentar por eles, eles agora são livres, seu espirito e sua alma sempre foram livres, agora eles vêem a liberdade e contemplam cada um de nós! E nós, devemos um dia nos encontrar com eles! E quando nós formos, será lutando pelo que acreditamos, será fazendo o máximo que pudermos para conseguir a paz e a prosperidade para nossa dimensão! Nós hoje viemos celebrar esse heróis, e nunca nos esquecer de que ele morreram para que pudéssemos estar aqui lutando para melhorar Eterna, e pelo seus sacrifícios eles receberam a imortalidade, e essa não se restringe a essa vida, mas agora eles sabem o que nenhum de nós sabemos, eles vêem o que nós  não conseguimos e nós vamos vencer por eles, para que de nenhum modo o sacrifício deles seja em vão!
Depois que Miguel terminou todos aplaudiram e ele desceu do palco montado na praça central e David comentou com ele:
- Belo discurso!
- Pena que não seja verdade. - Respondeu Miguel cabisbaixo enquanto continuava andando em direção a sua sala de operações!
Na sua sala,  Miguel viu como os eternos estavam mais animados e recebeu uma mensagem por carta sem um remetente que dizia: "Eu vou ajudar". Ele não entendeu bem, mas sabia de quem se tratava e sabia que a guerra estava acabando em Cidade do Inverno!

segunda-feira, 18 de março de 2013

Eterna - Guerra Civil - Parte XXII

Uma Sociedade em Crise


Eterna estava vivendo dias sombrios de guerra, essa guerra, embora os eternos tenham uma tecnologia militar muito avançada, estava sendo travada por pessoas, isso porque um sociólogo e cientista eterno chamado Bethol Aaz criou 200 anos antes dessa guerra um dispositivo chamado Sinal de Escarlate, um sinal que desativava qualquer tipo de armamento tecnológico de Eterna, como tanques, robôs, caças e tantas armas que poderiam ser usadas em vez de eternos, mas esse eterno tinha um grande motivo para fazer isso, ele percebeu o que ninguém tinha percebido, Eterna enfrentaria dias de guerra contra si mesma, ele tinha visto que haveria uma hora em que por conta do que a sociedade eterna estava se tornando, uma guerra logo aconteceria, e seria muito devastador se eles pudessem usar toda sua tecnologia, por isso ele criou o Sinal, para que quando a guerra acontecesse, os eternos não destruiriam sua terra, se planeta, não destruíssem Eterna de uma vez!
Mas isso já se fazia mais de 200 anos, e ainda repercutia sobre os dias atuais, e Eterna estava em guerra nesses dias, havia mais de um ano, em quase todas as cidades os resistentes estavam conseguindo um avanço muito pequeno, mas em Cidade do Inverno eles tinham mais que metade, mas ainda não era o suficiente, e Cidade do Inverno ainda era a cidade menos importante de Eterna! O Guardião Miguel, sabia que tinha que lutar pelo que acreditava, mas esse era o problema, no que acreditar? Ele precisava de alguém para conversar, alguém mais sábio, alguém que já tinha visto varias guerra, e lá foi ele, numa manhã fria procurar esse alguém, só que dessa vez ele estava em uma casa destruída procurando esse alguém:
- Sei que você está aqui, ou pelo menos pode me ouvir. - Disse Miguel bem baixo.
- Sim, estou aqui. - Responde uma voz calma, porém ainda firme.
- Sabe, isso ainda é muito estranho, afinal, por mais que eu sei que é real, é impossível me acostumar! 
Talvez seja, afinal, eu entendo isso! 
- Sim, você entende tudo, e sabe porque eu estou aqui! Sabe, você uma vez me disse para que eu fosse forte e continuasse, mas eu agora quero perguntar, Para que? E por que continuar? - Pergunta Miguel.
- Sabe, há muitos anos, aliás milhares de anos, seus ancestrais fundaram essa nação, eles sabiam que enfrentariam muitas adversidades, muitos crises, mas seriam vencedores! Sabe por que?
- Não, talvez porque eles eram fortes e corajosos sei lá!
- Não, eles sabiam que sempre venceriam porque estavam fazendo o certo, não apenas o que eles acreditavam ser certo, mas o que era melhor para os outros! Eles também sabiam que quando se faz o certo, tem meu apoio! Você me pergunta para que continuar e eu te digo, é necessário, não vencer a guerra, mas impedir que essa guerra traga mais erro! O que tem acontecido em Eterna é que seu povo tem deixado de fazer as coisas porque é certo, fazem o que eles acham bom, essa guerra só é uma consequência de uma sociedade em crise, que aparentemente era boa, mas em seu interior estava corrompida, seus propósitos, seus conceitos estão confusos, e precisam rever seus conceitos e valores, precisam reconstruir o de novo o verdadeiro sentimento de ser eterno, não o de ser um conquistador, mas ser um protetor, um mensageiro da esperança, um guerreiro sim, mas que promova a paz e não procure a guerra, é preciso trazer isso antes que essa sociedade se corrompa de tal maneira se destrua por si mesma!
- Isso já aconteceu não é? - Perguntou Miguel cabisbaixo e pensativo.
- Sim, com muitos povos, muitas criaturas! Com os humanos! Eles perderam o amor ao próximo  se acham conquistadores e não percebem que quando destroem seu semelhante eles se destroem também, destroem a humanidade deles! Eles precisam mudar, mas eles precisam aprender ouvir quem eu mandei para dizer isso a eles! Talvez não ouçam, não todos! - Disse o Criador (que você já devia saber que está falando) com tristeza pelos humanos.
- Como eu posso fazer? E alias por que eu estou aqui, por que eu ouvi isso, por que eu?
- Porque Eu escolhi, quando você decidiu fazer o certo eu te apoiei e vi em você o que precisava para cumprir essa missão! A guerra por si só já traz um sentimento de união, mas é preciso de um gatilho, de uma esperança, não peço pra você acreditar em tudo, nem pra ser um patriota, isso não é bom,  mas que você como um grande líder tente engatilhar o amor e o sentimento de paz e a procura dela entre os eternos! Você talvez não vai acreditar nisso, mas precisa trazer amor e paz para Eterna, sabe, seu pai sabia que isso aconteceria, e se ele não tivesse que se sacrificar ele mesmo estaria tentando fazer isso, mas você não é seu pai, então não te peço que tente ser igual ele, mas que faça o que é certo, porque essa guerra talvez não seja a pior coisa que pode acontecer a Eterna se continuar assim!
- Bem, e agora? o que eu posso fazer?
- Lembre a eles que exite algo mais profundo do que poder, melhor do que riquezas, lembre a eles o que significa ser um eterno! Mostre a eles que o melhor para Eterna é ser a dimensão da paz, da esperança, de a eles orgulho de ser um eterno! Sei que você consegue!
Então o Criador some, Miguel fica, vendo o céu, sentia frio, seus lábios estavam rachados mas ele continuou ali pensando, e soube que precisava trazer a memória os sacrifícios dos eternos mortos nessa guerra, que deram suas vidas para que outros pudessem ter a chance de ver uma Eterna melhor! Eles seriam teriam seu memorial, teriam seus nomes lembrados eternamente!

sexta-feira, 15 de março de 2013

Eterna - Guerra Civil - Parte XXI

Conversa na Montanha


Frio, essa é uma palavra que você já deve ter injou de ouvir sobre Cidade do Inverno, os resistentes e rebeldes também, porém, é uma coisa inevitável por aqui, afinal, é a Cidade do Inverno, o que poderia se dizer? 
Numa noite fria dessas, onde até os animais estão em sua tocas, se protegendo do frio do extremo norte polar de Eterna, está acontecendo um baile, mas não é sobre o baile que se trata, é sobre uma conversa, em uma das varias montanhas que rodeiam a cidade, ali se encontram dois grandes líderes, cada um de um lado para discutir sobre a guerra mais sombria da história de Eterna, afinal, era uma guerra entre irmãos, e uma guerra entre irmãos é uma guerra perdida! De um lado o líder dos Eternos Invernais, Sétimo Guardião Miguel, do outro lado o líder máximo dos rebeldes, Imperador Filipe (que agora não queria mais ser chamado de rei, e sim de imperador). 
- Muito bem, Estou aqui como me pediu Miguel, sem guardas, sem proteção, apenas eu! - Disse Filipe que respondeu ao pedido de Miguel que mandou uma mensagem a Filipe através do comandante em Cidade da Paz que recebeu a vacina contra a peste do gesso.
- Duvido muito que não tenha nenhuma proteção, mas isso não importa, eu vim em paz para conversar com você, espero que você me ouça! - Disse Miguel com um tom sério.
- É estranho, até algum tempo atrás eramos grandes amigos! Agora você luta contra mim, porquê não se junta a mim Miguel, seria muito melhor para você! - Disse Filipe de uma maneira bem sincera, afinal, ele ainda acreditava que seu amigo poderia se juntar a ele.
- Melhor? Olhe a sua volta, acha que isso é bom? Como você consegue dizer isso? Olhe as mortes, nossos amigos, famílias, nosso irmãos morrendo a cada dia! Isso não é bom, não é melhor, é apenas uma grande vaidade nossa, idiotice de querer ter poder! - Disse Miguel com uma voz séria e triste.
- Acha que isso é bom pra mim?Acha que eu gosto? Acha que eu queria isso? Não... eu nunca quis isso - Respondeu Filipe com uma mais seria e alta!
- Por que? Eu te pergunto por que? Por que você continua com isso? Você pode parar! Você sabe que pode! Esses homens seguem suas ordens, eles dependem de você, eles se inspiram em você, você é o líder deles, você pode trazer paz e não guerra!
- E depois o que?Vivermos felizes para sempre? Aqui é o mundo real, isso é uma guerra que só vai acabar quando alguém ganhar! E depois eu acredito que isso é para o bem de Eterna! Isso precisa acontecer, e não podemos fazer nada para evitar!
- Talvez não possamos evitar, mas vou lutar até o final para que Eterna não seja o que você e seus ministros planejam! Você é só uma imagem, agora posso ver bem isso, você não decide nada, é apenas uma imagem!
- O que está falando? Você é um capacho dos Guardiões, segue cego as ordens deles, nunca se questionou sobre o que Eterna pode virar? O que Eterna vai se tornar quando eu ganhar essa guerra vai ecoar pelas dimensões e pelas eras, sempre se lembraram do grande Filipe que trouxe a glória de Eterna!
- Não! Não é pra isso que Eterna foi criada! Não somos conquistadores nem colonizadores, nós sempre lutamos contra isso, seja na Terra seja em qualquer outra dimensão nós sempre lutamos contra isso, isso vai contra o principio Eterno de Liberdade, de Vida e de tudo que acreditamos!
- Está na hora de mudar, precisamos renovar nossa maneira de pensar! É hora da Eterna refugio se tornar Eterna Gloriosa, essa era será marcada pela glória dos eternos, de uma dimensão que colocará as outras debaixo de seus pés!
- E a Terra? Vão fazer isso com nossos irmãos? Aqueles que temos protegido desde o principio?
- A Terra sempre será nossa protegida! Essa glória de Eterna fará bem a Terra, eles saberão o que existe em todas as dimensões, saberão que vivem em um mundo muito maior do que eles imaginam!
- Não, isso não vai acontecer! Eu não vou deixar isso acontecer!
- E como vai me impedir Miguel? Acha que eu ligo pra Cidade do Inverno? Isso aqui é a cidade menos importante de Eterna, e seus Guardiões que acreditam tanto em você te jogaram aqui! Você nem é um problema!
- Não, não sou mesmo, mas eu te digo, eu vou livrar essa cidade, não importa o que você ache dela eu vou livra-la, e depois vou ajudar Cesario e os outros Guardiões te derrotar, nem que para isso precisemos tomar decisões drásticas!
Filipe respirou fundo e falou com muita calma:
- Miguel, não quero que ache que sou o vilão aqui! Isso aqui é por um bem maior! Você não consegue ver, mas espero que um dia intenda que não faço isso por capricho!
- Não Filipe, não vou intender nunca isso, e você Filipe, você não é o vilão, mas ainda sim está errado! - Disse Miguel saindo, mas antes ele ouve Filipe falar:
- Sua vida esta nas minhas mãos agora, tem dois atiradores de elite prontos para acabar com você! Você está nas minhas mãos agora, mas vou te deixar ir se você desistir!
Miguel riu e disse - Sabe, tenho dois atiradores para atirar em cada um dos seus e um mirando em você, acho que não foi dessa vez que você conseguiu!
- Está blefando Miguel, eu sei!
- Não não estou - depois disso os atiradores de Miguel atiraram nas armas dos atiradores de Filipe, destruindo as armas deles e um tiro perto do pé de Filipe.
- Você vai ver que estou certo, espero que não seja tarde demais! - Gritou Filipe vendo Miguel ir embira!

domingo, 10 de março de 2013

X-Men - Noturno Falando sobre Deus!


Esse vídeo de um episódio da série Original dos X-men mostra Noturno, um personagem criado em um monastério, falando, independente de religião, sobre Deus, o interessante é que mesmo não citando religião ele fala sobre algo muito verdadeiro, e que devia ser visto por todos, sinceramente eu gostei  muito do vídeo e espero que vocês também gostem e possam ver que como na ficção  na vida também podemos respeitar e procurar paz e amor, e acima de Tudo, Deus!!!

sexta-feira, 8 de março de 2013

Eterna - Guerra Civil - Parte XX

O Baile Gelado


Frio, é a palavra que mais descreve Cidade do Inverno, por mais que os eternos usem roupas especiais que isolam o frio do corpo, seus rostos e mãos e tudo que não é protegido pelo corpo sente a temperatura baixa, e é preciso usar mascaras e luvas sempre, porém uma ocasião estava pedindo algo diferente, algo mais elegante, um baile que seria organizado no que restou do Palácio de Gelo, a sede do governo eterno em Cidade do Inverno. Os eternos estavam vivendo dias terríveis, onde muitos morriam, numa guerra que cada vez ficava mais sem sentido, parecia que cada lado apenas queria destruir o outro, não fazer o melhor para Eterna e seu povo.
 Um lado queria o governo mais parecido com uma Monarquia, onde o imperador que seria Filipe comandaria Eterna e seu povo e teria seus conselheiros, o outro lado defendia que os Guardiões deviam continuar, deviam estar no comando de Eterna como faziam a gerações. A guerra parecia que iria demorar muito, então os chamados resistentes de Cidade do Inverno fizeram um baile, para acalmar, se distrair e se divertir um pouco. David, um grande amigo e um dos comandantes de Miguel veio falar com ele a respeito do baile:
- Está pronto para o baile?
- Baile? Não poderia estar lá, mas diga a todos que eu mandei saudações!
- Ah Miguel, você não vai? Todos estão esperando nosso Guardião na festa, precisamos de você lá, são tempos difíceis, precisamos distrairmos um pouco, vamos lá, pare de pensar nessa porcaria de guerra e vamos!
- Não é tão simples, marquei um encontro com alguém e preciso muito conversai com essa pessoa, talvez seja mais importante do que tudo essa conversa! 
- Com quem?
- Não posso dizer, só peço que guarde o acampamento  com homens preparados, não queremos um ataque surpresa durante o baile, seria muito ruim, seria trágico!!!
- Pode deixar, já preparei homens para a guarda, os Tigres Brancos vasculharam a região, nosso inimigos estão despreparados pro ataque, não vão atacar hoje, pelo menos foi o que os relatórios diziam!
- Espero que sim, de qualquer forma você está liberado, mas lembre-se de uma coisa, amanhã terá essa guerra novamente, não se esqueça disso, os homens precisam acordar dispostos, e precisam lembrar de que ainda estamos em um momento delicado mesmo estando com a maior parte da cidade! 
- Sim senhor, deixe comigo!
Então David saiu, e entrou Vitória na sala de Miguel:
- Não vai ao baile?
- Não, não poderei!
- Tipico, isso até é um clichê!
- Porquê? 
- Quando alguém está no comando sempre se isola, sendo o "isolado" e cheio de coisas pra fazer.... disse Vitória rindo.... Você precisa relaxar, vamos la, por mim!
- Eu não posso e se pudesse também não iria!
- Você fica nessa rotina o tempo todo, isso não cansa não? Sempre o mesmo frio, o mesmo lugar, a mesma palidez, tudo igual, isso não cansa?
- Sabe, quando vivemos em uma rotina nós sempre odiamos, eu olho a neve e sinto vontade de vomitar, mas depois que isso acabar, se acabar e eu viver para contar, eu terei saudades desse lugar! Dessas rotinas e tudo mais, o estranho é que agora não parece, mas vai acontecer isso, é a vida! Mas pode ir Vitoria,  preciso cuidar de um assunto!

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013

Eterna - Guerra Civil - Parte XVIX

O Retorno a Inverno


Miguel retornou para Cidade do Inverno, que estava esperando seu retorno ansiosa, tudo lá continuava frio como sempre, não só peço clima, mas na guerra, era como se a guerra houvesse estagnado Miguel estava com saudades de lá, sem perceber também estava com saudades de quem estava lá.
Chegando ele foi para seu forte, um lugar erguido as pressas com a invasão dos resistentes, ele recebeu seus relatórios, e viu que as forças e ânimos andavam faltando, os homens estavam tristes, longe de casa e lutando por uma causa que cada vez estava mais sem sentido, e Miguel sabia que teria de mudar a situação para vencer, porque a derrota significaria uma coisa terrível!
Vitória era chefe do hospital de guerra, foi construído enquanto Miguel estava fora, por isso ela foi falar com Miguel, ela precisa dar relatórios e queria conversar com Miguel!
- Com licença senhor, aqui estão os relatórios!
- Tudo bem, pode deixa-los na mesa Vitória!
- Miguel, posso perguntar algo?
- Pode, claro que pode!
- Quando esteve lá, o que aconteceu entre você e meu pai? Ele disse algo sobre mim?
- Não, não sobre você, mas eu me segurei pra não sair na porrada com ele, por que a pergunta?
- Olha, preciso dizer uma coisa, meu pai que mandou aqui, para Inverno e espionar você e o que estava acontecendo aqui, mas eu juro, eu desisti disso quando cheguei, eu vi a situação e esqueci das ordens de meu pai e até disse a você o que eles pretendiam fazer! Eu sei que é uma coisa complicada, mas eu peço desculpas, eu não queria aceitar, mas meu pai acabou me convencendo, e quando cheguei aqui, vi a cidade destruída, eternos mortos por todo lado, pessoas chorando, o frio e todo resto me fez mudar de ideia e não fazer o que meu pai pediu!
- Vitória, eu já sabia disso!
- O que? como você sabia?
- Eu sabia porque você era filha dele, e não viria escondida de seu pai, porque ele deve ter colocado vários homens para proteger você, e eu também enviei espiões para Cidade da Paz depois que estive lá!
- Então porque não me disse o que sabia?
- Porque como você mesma disse, você desistiu e começou a ajudar-nos, e isso é o que importa, sei que parece meio ingênuo da minha parte mas não é, você mereceu confiança e tem agora e no momento certo falou a verdade!
- Então obrigado Miguel, não mais uma espiã, mas posso ajudar se quiser!
- Pode, e está ajudando, seu trabalho no hospital tem sido útil, e vou precisar que você se esforce para manter a auto estima dos nossos homens!
- Sim, senhor!
- Sabe, o engraçado é que eu já vi você bem, vestida, e mesmo agora com o cabelo bagunçado, roupa suja de sangue, você continua linda como sempre!
- Obrigado, mas podia não mencionar a roupa de sangue, só de lembrar eu já quero um banho!
- Ainda há muito o que fazer, muito sangue pra se sujar, infelizmente, mas precisamos vencer, senão o mau que virá sobre nós será terrível! E não só sobre nós!