Pesquisar este blog

quinta-feira, 2 de janeiro de 2014

Eterna - Guerra Civil - Capitulo XXXVIII

Julgamento


Miguel estava preso, em uma cela na principal prisão de Cidade Eterna, que na verdade não tinha ninguém há mais de dois mil anos, quando um ultimo eterno foi preso, e logo após ele, nenhum outro foi preso ali, a não ser Miguel, agora, um traidor. Ele foi acusado de ter se aliado a Filipe, o próprio Cesário disse que viu eles fazendo uma aliança. Os soldados que estavam com ele foram rebaixados e proibidos de assumir um cargo militar novamente, mas não foram presos como Miguel. Ele estava só numa prisão praticamente sozinha, salvo um guarda vigiando para que ninguém tentasse liberta Miguel. Era tão silencioso que dava para ouvir a respiração do guarda, e então, as palavras tristes de Miguel quebraram o silencio:
- Foi pra isso que eu lutei, foi para isso que me pediu para insistir nessa guerra? Bem, nós vencemos, ou ele venceu, mas a que preço? O que vai ser de mim? Serei preso para sempre? Morto?... Então ele levanta da cama que tinha naquela cela de no máximo 5 m² e foi até as grades da cela.
- E agora, você nem aparece, nem sequer tem a coragem de estar aqui comigo, disse que estaria, disse que poderia contar com você, mas agora, aquele maldito guarda acha que eu estou falando sozinho. Acabou, tão inesperado, mas acho que eu já devia saber, ele planejou tudo, tudo certinho, e eu fiz exatamente o que ele queria. E você nem seque aparece! 
- Hey, garoto, cale a sua boca - gritou o guarda.
- Quer vir aqui e tentar me calar? - ameaçou Miguel.
Então vieram dois soldados e levaram Miguel até o tribunal, onde ele seria julgado por crime de traição contra os Guardiões.
Chegando no tribunal, havia muitas pessoas para testemunhar contra ele, não havia um advogado para defende-lo e o juiz era o próprio Cesário. Ele apenas sentou em uma cadeira, e Cesário exclamou a sentença:
- Pelo seu crime de traição e por libertar um criminoso politico, mandando ele por um Portal, esse tribunal declara Miguel Az Orak culpado e sua sentença é ser banido de Eterna, não será mais considerado um eterno e não poderá mais ter cidadania nem nenhum direito com eterno, em resumo, Miguel não será mais um eterno e será banido para a dimensão de Sudor, para onde será enviado daqui a dois dias.
Dada a sentença, Miguel voltou a cadeia, ele não respondeu ao tribunal, não falou nada, nem quando passou pela imprensa e jornalistas, ele permaneceu em silencio porque sabia que se ele quisesse, teria aliados que o libertariam, mas seria como criar uma nova guerra, seria um fugitivo, e Eterna não precisa continuar com mais guerras, então ele apenas aceitou a sentença e ficou calado.
Ele estava de novo na cadeia, calado, apenas pensando no que iria acontecer, sua raiva diante do julgamento feito por Cesário era muito grande. Ele só queria poder ter a chace de por a mão nos pescoços de Cesário. Então, o soldado que estava vigiando Miguel foi substituído por outro, e esse outro estava usando um capacete de guerra, e estranhamente sua voz estava roca. Ele disse ao outro guarda que faria o turno da noite e o outro guarda se foi. Então ele olhou para Miguel, e começou a andar na direção de sua cela, chegou até ela e disse a Miguel com sua voz roca:
- Você é um grande homem, que fará grandes feitos, mas agora, Eterna não precisa de você, pelo menos por enquanto, mas um dia ela vai precisar de você presente, e não é um julgamento que dirá se você pode ou não ajudar, é seu dever, um guerreiro de Eterna sempre será um guerreiro de Eterna. Espero que entenda algum dia, Cesário só está fazendo o que deve ser feito, um dia você vai entender, mas enquanto não chegar o dia tome isso, espero que faça a escolha certa. - disse o soldado entregando o colar de Miguel, que possibilita a ele criar portais.
- Por que está me dando isso? - Perguntou Miguel
- Para você fazer a escolha certa, você foi banido, mas não precisa ser expulso.
- Quem é você soldado?
- Apenas um amigo, e alguém que se preocupa muito com Eterna garoto!
Então Miguel abriu um portal, foi até onde ele havia deixado as espadas de seu pai, e iria pega-las para matar Cesário, e quando ele pegou as espadas, ele lembrou de seu pai, das conversas com o Criador, lembrou de tudo, e sabia que se matasse Cesário não haveria paz, e o futuro de Eterna estaria incerto. Ele pegou as espadas, pegou o escudo que seu pai havia lhe entre, e partiu para a dimensão de Sudor, como foi sentenciado. Então assim a Grande Guerra Eterna havia acabado, aquela Guerra Civil que se arrastou por dois anos havia chegado ao fim. Cesário foi decretado o novo governador de Eterna, conhecido como O Guardião, não um rei, não um imperador, mas algo mais amigável, um governador e guardião, que prometeu proteger e restaurar a ordem em Eterna. Miguel foi considerado traidor, e foi abafado a sua fuga, para que não causasse alvoroço entre os eternos. Havia muito o que fazer em Eterna, mas o tempo de servir Eterna havia acabado para Miguel, ele estava livre, ele tinha todas as dimensões para poder ir, um infinito a sua frente. Seu exílio era apenas o primeiro passo para uma longa história. Pois, como dito, no fim, sempre haverá um recomeço.

Fim? 

Nenhum comentário:

Postar um comentário